“Chegar ali e marcar pontos, fazer boa música, cantá-la e defendê-la da melhor maneira possível, porque os autores merecem”
As segundas a pisarem o palco da primeira semi-final são as Ouro, um trio feminino que se juntou propositadamente para este certame. A oportunidade de participar surgiu, segundo as concorrentes, a partir do convite do produtor Jan van Dijck. "Ele já nos conhecia, fez-nos a proposta, nós ouvimos a música e ficámos logo apaixonadas" pela canção, referem. Apesar de só agora começarem a trabalhar juntas, já se nota "um bom entendimento".
Embora se estreiem no Festival da Canção, as cantoras esperavam atingir o patamar dos 24 finalistas, pois o "tema é muito bonito", de acordo com as suas opiniões, tendo elas trabalhado muito para esse objectivo. Com o concretizar dessa meta, as artistas afirmam terem-se sentido "contentes". De facto, esse sentimento foi unânime às integrantes do grupo, dado que à excepção de Ana Sofia Gonçalves, nenhuma tinha subido ao palco do concurso, ainda que, mesmo no caso desta, tenha sido apenas para coro.
No que se prende com a performance em palco, as concorrentes consideram que esta tem "um impacto fundamental e que, cada vez mais, o espectáculo vive de voz, música, letra e, sobretudo, da imagem", explicam. "O ideal é interpretá-lo e fazê-lo passar para o público de forma mais espontânea", acrescentam.
Apesar de o evento ser transmitido para milhões de pessoas, este perdeu o impacto de anos anteriores. Ainda assim, de acordo com as cantoras "neste ano, a RTP está a esforçar-se por levantar, de novo, a curiosidade e a vontade dos portugueses de assistir ao Festival". Afinal, trata-se do "concurso a música nacional que representa o nosso país".
Questionadas quanto à evolução dos ensaios, as intérpretes garantem que está a ser positiva. "Com muito trabalho, muitas horas de esforço, sacrifício, mas com muita felicidade e optimismo", exemplificam.
Em termos de expectativas, esperam fazer um bom trabalho. "Chegar ali e marcar pontos, fazer boa música, cantá-la e defendê-la da melhor maneira possível, porque os autores merecem", confidenciam.
Para cenário de estreia, nada melhor do que actuarem um palco que é também ele uma estreia no concurso, o Campo Pequeno. No entanto, consideram que a sala "em questões de acústica é levemente péssima", apesar de o catalogarem como um bonito espaço. "O que esperamos é que resulte e que consigamos chegar à hora e cantar", ressalvam.
Ao terem sido seleccionadas para o grupo das finalistas, as integrantes da banda ganharam um lugar na história rica do Festival, na qual figuram grandes nomes da música lusa. "É com muito orgulho" que constatam esse facto. "Desde pequena que eu vejo o Festival e era algo que sempre pensei fazer", finaliza Ana Sofia.
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