“Estou habituada a grandes públicos mas a minha responsabilidade maior é poder ou não representar o nosso país”
Apesar de já ter uma carreira com algum peso no panorama musical português, Claudisabel tenta a sua sorte no Festival da Canção, depois de ter sido seleccionada por Jordi Cubino, num lote de vários artistas, já conhecidos do grande público. "O meu nome foi escolhido, foi feito o convite e aceitei com agrado", relembra a cantora. Assim, mal ouviu a música considerou que estava perante uma possível finalista, uma vez que era "uma canção em termos de música e composição bem composta". "Acho que a prova de fogo é quando de quatrocentas e tal canções são passadas trinta para, por votação on-line, passarem a 24", elucida.
Garantida a passagem ao grupo de finalistas, a artista garante ter ficado radiante, como "qualquer pessoa que concorre e ultrapassa as etapas a pouco e pouco". "Agora, vamos ver se chegar à final é mais uma etapa ultrapassada", lança a cantora.
A prestação em palco não é, do ponto de vista da artista, apenas a boa interpretação vocal. "Acho que é um todo", explica, "tem de haver uma conjuntura de tudo: de uma voz, do estilo de música que se vai apresentar".
Em termos de ensaios, a intérprete assegura que têm decorrido a um ritmo normal. "Estamos a acertar todos os pormenores técnicos para o melhor desempenho possível em cima do palco", relata.
Na hora de enunciar as expectativas em relação à sua participação, a cantora prefere destacar "oportunidade de gravar com um compositor – Jordi Cubino – com quem qualquer pessoa gostaria de gravar". "Foi uma situação que me levou a ser proposta e estou contente, acima de tudo", enaltece.
Sendo a primeira vez a subir ao palco do Festival da Canção e actuar para milhões de pessoas, Claudisabel diz não sentir uma responsabilidade acrescida. Ao invés disso, sente "a responsabilidade da representação do nosso país ou de interpretar uma canção que possa vir a ser seleccionada para o representar". Assim, diz ser usual na sua carreira ter de se apresentar em frente a vastas multidões. "Estou habituada a grandes públicos mas a minha responsabilidade maior é poder ou não representar o nosso país".
Mas, então, o que acha uma cantora, com peso na música portuguesa, do local escolhido para a resolução do programa? Em resposta, Claudisabel salienta que o palco do Campo Pequeno tem algo de fantástico que vai promover uma maior dinâmica a todos os fãs do Festival. "Vai permitir que mais pessoas ao vivo possam visionar, enquanto que nos anos anteriores os espaços eram mais pequenos e restritos", comenta.
Pelos palcos do Festival foram passando grandes vultos da música portuguesa, numa herança à qual se junta, agora, o nome de Claudisabel. A cantora garante que é "um orgulho poder participar num evento" desta natureza, com uma tradição tão peculiar. Neste sentido, a artista destaca os nomes de Cândida Branca Flor e de Carlos Paião. "São figuras que já cá não estão e que são ícones da nossa história, quer a gente queira quer não", finaliza.
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